segunda-feira, 27 de janeiro de 2020


TOSSE
   A tosse, principal mecanismo de defesa pulmonar na remoção de secreções e partículas inaladas, é considerada a queixa mais frequente nas consultas médicas, colocada como a 5ª causa mais comum de assistência médica no mundo.
   Nos indivíduos não fumantes e com radiografia de tórax normal, mais de 95% de tosse crônica decorre de três causas, de forma isolada ou conjuntamente: gotejamento nasal posterior devido à rinite ou sinusite, asma e refluxo gastroesofágico. Estudos mostraram que acima de 60% dos casos mais de um fator causal foi relatado.
   A tosse crônica (duração acima de três semanas), quando persistente, resulta em uma série de inconvenientes aos pacientes: insônia, rouquidão, dores musculares, distúrbios urinários, constrangimentos.
   O paciente deverá informar ao médico quando iniciou a tosse, se foi posterior a um quadro gripal ou outra situação (inclusive emocional), horário e frequência, fatores de piora ou melhora, local onde as crises são mais intensas, se é seca ou se tem secreção (se houver secreção qual a sua coloração). Muito importante é enumerar toda a medicação em uso recente e de uso contínuo.
  Outras causas de tosse necessitam de avaliação criteriosa: tuberculose, câncer de pulmão, bronquite crônica, bronquiectasias, doenças do coração, aspiração de corpos estranhos, hiper-reatividade brônquica, uso de anti-hipertensivos da classe inibidores de enzima conversora da angiotensina, - IECA (captopril, enalapril, lisinopril, ramipril, benazepril e outros). A melhora após suspender esses medicamentos pode demorar em até um mês. Outras drogas descritas como passíveis de provocar tosse são os hipoglicemiantes orais para tratamento de diabetes pertencentes à classe de inibidores da dipeptil-peptidase (DPP-4).
   O tratamento da tosse requer consulta médica especializada, exames por imagens e laboratoriais e, nunca automedicação.    






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