TOSSE
A tosse, principal mecanismo de defesa
pulmonar na remoção de secreções e partículas inaladas, é considerada a queixa
mais frequente nas consultas médicas, colocada como a 5ª causa mais comum de
assistência médica no mundo.
Nos indivíduos não fumantes e com
radiografia de tórax normal, mais de 95% de tosse crônica decorre de três
causas, de forma isolada ou conjuntamente: gotejamento nasal posterior devido à
rinite ou sinusite, asma e refluxo gastroesofágico. Estudos mostraram
que acima de 60% dos casos mais de um fator causal foi relatado.
A tosse crônica (duração acima de três
semanas), quando persistente, resulta em uma série de inconvenientes aos
pacientes: insônia, rouquidão, dores musculares, distúrbios urinários,
constrangimentos.
O paciente deverá informar ao médico quando
iniciou a tosse, se foi posterior a um quadro gripal ou outra situação (inclusive
emocional), horário e frequência, fatores de piora ou melhora, local onde as
crises são mais intensas, se é seca ou se tem secreção (se houver secreção qual
a sua coloração). Muito importante é enumerar toda a medicação em uso recente e
de uso contínuo.
Outras causas de tosse necessitam de avaliação
criteriosa: tuberculose, câncer de pulmão, bronquite crônica, bronquiectasias,
doenças do coração, aspiração de corpos estranhos, hiper-reatividade brônquica, uso de anti-hipertensivos da classe inibidores de enzima conversora
da angiotensina, - IECA (captopril, enalapril, lisinopril, ramipril, benazepril
e outros). A melhora após suspender esses medicamentos pode demorar em até um mês. Outras drogas descritas como passíveis de provocar tosse são os hipoglicemiantes orais para tratamento de diabetes pertencentes à classe de inibidores da dipeptil-peptidase (DPP-4).
O tratamento da tosse requer consulta médica especializada, exames por
imagens e laboratoriais e, nunca automedicação.
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