segunda-feira, 4 de novembro de 2019

ASMA

   A asma, identificada por inflamação crônica de vias aéreas tem como consequência uma redução no fluxo aéreo. Falta de ar, chiado no peito, sensação de aperto no tórax e tosse, ora seca ora com secreção, são as principais queixas relatadas.
    Vários fatores influenciam o curso da asma, dificultando seu controle e tornando as crises mais frequentes e ou mais graves, tais como: exposição ambiental à produtos químicos, fumaças, fungos e poeiras de casa (ácaros); epitélios, pelos e penas de animais; tabagismo (mesmo passivo); certos medicamentos; irregularidade no tratamento por medo ou restrição financeira e uso inadequado do dispositivo. Todas essas questões deverão ser tratadas com seu médico. A exposição aos fatores enumerados aumenta o risco de exacerbações, dificulta ou mesmo impede o controle da asma. A consequência é a piora progressiva da doença. 
   O foco no tratamento da asma visa o controle sintomático, manutenção das atividades rotineiras, evitar ou reduzir as exacerbações e complicações no futuro.
   O tratamento medicamentoso da asma implica no uso contínuo e regular de medicamentos compostos tanto de corticoides inalatórios como de broncodiladores de longa ação.  O uso associado ou isolado desses medicamentos, inclusive do tipo de dispositivo, é individual e depende do perfil de cada paciente e da opção do seu médico, considerando variáveis inerente ao curso e manifestação da asma.
   A automedicação com uso de broncodilatador de curta duração, denominado de resgate, por mais que três vezes por semana ou dois dias consecutivos e várias vezes ao dia, é considerado sinal de gravidade, podendo levar ao óbito por insuficiência respiratória. O acompanhamento médico com consultas e retornos periódicos a cada 3 ou 6 meses para avaliação clínica e exame de função pulmonar (espirometria) são fundamentais para o controle da asma, uma vez que o tratamento é individualizado e requer alterações conforme a evolução da doença e a disponibilidade de novos recursos terapêuticos.
   Várias comorbidades, quando associadas à asma, interferem tanto no controle como nas exacerbações. As mais frequentes: o refluxo gastroesofágico, rinites, sinusites crônicas e polipose nasal, alterações emocionais (ansiedade, depressão), enfisema e bronquite crônica (DPOC= doença pulmonar obstrutiva crônica).
  Cerca de 334 milhões sofrem de asma - é a doença crônica mais comum na infância - que afeta 14% das crianças em todo o mundo. No Brasil, estima-se que mais de 6 milhões de adultos são afetados. Relembrando que asma ainda não tem cura definitiva. 
Obs> ver ainda publicação mais antiga (2011).

VARIEDADES DE DISPOSITIVOS INALATÓRIOS

    No momento há três variedades de dispositivos por via inalatória para uso em asmáticos e portadores de DPOC. Excluímos os pressurizados com CFC (pMDI-clorofluoralcanos) por serem danosos às camada de ozônio: 1) inaladores pressurizados pMDI-HFA (hidrofluoralcanos); 2) inaladores de pó seco (DPI) com três variações de apresentação: Turbuhlaer, Diskus e cápsulas para inalação; 3) inaladores de névoa suave (SMI) na apresentação Respimat. Todos apresentam vantagens e desvantagens e a escolha deverá ser compartilhada e personalizada com cada paciente. O uso de espaçador é recomendado em inaladores pressurizados, principalmente aos idosos debilitados com déficits cognitivos, obstruções severas do fluxo aéreo e crianças.  Cada disparo do jato deverá ser seguido de imediata inspiração profunda. Quanto aos inaladores de pó seco, os pacientes podem ter dificuldades para gerar o fluxo inspiratório necessário para total aproveitamento da dose do medicamento. O inalador de névoa suave é bastante eficiente já que após o disparo do dispositivo ocorre uma nuvem de aerossóis lentos sem necessidade de esforço inspiratório. Exige montagem no primeiro uso e coordenação da inspiração mais lenta e baixo fluxo após o disparo. Cabe ao médico checar periodicamente o correto uso do dispositivo inalatório. Alguns pacientes utilizam compressores para nebulização. Sua utilidade contempla aqueles com grave obstrução ao fluxo aéreo como crise de asma e exacerbação de DPOC. Possuem inúmeras desvantagens: ruído elevado, transporte, inalação demorada, manutenção e principalmente a contaminação. 

DPOC

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (enfisema e bronquite crônica) é a terceira causa de morte no mundo e está diretamente relacionada com a poluição, principalmente o uso de tabaco. Três milhões morrem por causa dela todos os anos.

CANCER DE PULMÃO



É a mais mortal das neoplasias com  1,76 milhão de mortes por ano. Também diretamente relacionada com poluição, principalmente o cigarro.


TUBERCULOSE



A tuberculose é a mais letal das doenças infecciosas, com 1,6 milhão de óbitos anualmente.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

TESTANDO O COVID-19     Reflexões de duas mulheres no passado, mas que espelham a situação atual da pandemia: “QUANDO NADA É CERTO, TUDO É...