segunda-feira, 13 de julho de 2020

    TEMPOS DE COVID (Sars-CoV-2)

 

     Polêmicas e incertezas entre leigos, médicos e sociedades de especialidades médicas, ora defendendo tratamento com medicamentos sem comprovação de eficácia, ora defendendo medidas restritivas baseadas em testagem, identificação, isolamento e monitoramento dos infectados.          Questionamentos são publicados e compartilhados em todas as mídias sociais. Os mais esperançosos aguardam com otimismo a chegada da imunização contra o novo coronavírus. No momento duas vacinas para Sars-CoV-2 estão em fase avançada de testes: Universidade de Oxford/AstraZeneca e Sinovac do laboratório chinês. Dentre uma centena, ainda em estudos, pouco mais de 20 encontram-se em testes com humanos. Hoje permanece a incógnita: quando estarão disponíveis para aplicação em larga escala?

    A pergunta que paira na mente dos médicos adeptos ao tratamento com cloroquina/hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina, zinco e vitaminas C e D: se não há um tratamento comprovadamente eficaz em testes randomizados e duplo cego disponível, porque não usar um conjunto de drogas há tempos no mercado e sabidamente sem grandes efeitos colaterais, exceto em cardiopatas, com estudos observacionais positivos para o tratamento do vírus? Outro questionamento dos céticos: se 80% dos infectados com o vírus terão apenas sintomas leves ou serão assintomáticos, por que então tomar medicações sem evidências científicas robustas? Próxima questão: se não tomar as drogas disponíveis e contestadas seria eu aquele sujeito às complicações graves com risco de morte? Sabe-se que comorbidades (cardiopatas, hipertensos, obesidade e diabetes) são fatores que influenciam a evolução da doença. Pesquisas do genoma humano tentam explicar por que diferentes indivíduos, como a resistência de centenários, evoluem para formas amenas do Sars-CoV-2. Talvez no futuro testes poderiam separar aqueles portadores de genes protetores dos genes de risco e colocar esses últimos em situação de proteção para novas epidemias e pandemia que seguramente virão. No momento atual lidamos com a incerteza do médico: não fazer nada é proteger o paciente? O relacionamento confiável médico-paciente, a responsabilidade e experiência profissional somado com a anuência do paciente ao tratamento constitui a fórmula do sucesso terapêutico em qualquer situação.

Dr. DENISON NORONHA FREIRE – Médico Pneumologista e Geriatra CRM 4503  RQE Pneumologia: 433, Tisiologia: 5354, Geriatria: 15629. 

Rua Senador Souza Naves, 1035 sala 02  Londrina Fone (43) 33215497 e (43) 999925497 Londrina-PR


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