ASMA
A asma, identificada por inflamação crônica
de vias aéreas tem como consequência uma redução no fluxo aéreo. Falta de ar,
chiado no peito, sensação de aperto no tórax e tosse, ora seca ora com secreção,
são as principais queixas relatadas.
Vários
fatores influenciam o curso da asma, dificultando seu controle e tornando as crises
mais frequentes e ou mais graves, tais como: exposição ambiental à produtos
químicos, fumaças, fungos e poeiras de casa (ácaros); epitélios, pelos e penas
de animais; tabagismo (mesmo passivo); certos medicamentos; irregularidade no
tratamento por medo ou restrição financeira e uso inadequado do dispositivo. Todas
essas questões deverão ser tratadas com seu médico. A exposição aos fatores
enumerados aumenta o risco de exacerbações, dificulta ou mesmo impede o
controle da asma. A consequência é a piora progressiva da doença.
O foco no tratamento da asma visa o controle sintomático, manutenção das atividades rotineiras, evitar ou reduzir as exacerbações e complicações no futuro.
O tratamento medicamentoso da asma implica no
uso contínuo e regular de medicamentos compostos tanto de corticoides inalatórios
como de broncodiladores de longa ação. O
uso associado ou isolado desses medicamentos, inclusive do tipo de dispositivo,
é individual e depende do perfil de cada paciente e da opção do seu médico, considerando
variáveis inerente ao curso e manifestação da asma.
A automedicação
com uso de broncodilatador de curta duração, denominado de resgate, por mais
que três vezes por semana ou dois dias consecutivos e várias vezes ao dia, é
considerado sinal de gravidade, podendo levar ao óbito por insuficiência
respiratória. O acompanhamento médico com consultas e retornos periódicos a
cada 3 ou 6 meses para avaliação clínica e exame de função pulmonar
(espirometria) são fundamentais para o controle da asma, uma vez que o
tratamento é individualizado e requer alterações conforme a evolução da doença
e a disponibilidade de novos recursos terapêuticos.
Várias comorbidades, quando
associadas à asma, interferem tanto no controle como nas exacerbações. As mais
frequentes: o refluxo gastroesofágico, rinites, sinusites crônicas e polipose
nasal, alterações emocionais (ansiedade, depressão), enfisema e bronquite
crônica (DPOC= doença pulmonar obstrutiva crônica).
Cerca de 334 milhões sofrem de asma - é a doença crônica mais comum na infância - que afeta 14% das crianças em todo o mundo. No Brasil, estima-se que mais de 6 milhões de adultos são afetados. Relembrando que asma ainda não tem cura definitiva.
Obs> ver ainda publicação mais antiga (2011).
VARIEDADES DE DISPOSITIVOS
INALATÓRIOS
No momento há três variedades de dispositivos
por via inalatória para uso em asmáticos e portadores de DPOC. Excluímos os
pressurizados com CFC (pMDI-clorofluoralcanos) por serem danosos às camada de
ozônio: 1) inaladores pressurizados pMDI-HFA (hidrofluoralcanos); 2) inaladores
de pó seco (DPI) com três variações de apresentação: Turbuhlaer, Diskus e cápsulas
para inalação; 3) inaladores de névoa suave (SMI) na apresentação Respimat. Todos
apresentam vantagens e desvantagens e a escolha deverá ser compartilhada e
personalizada com cada paciente. O uso de espaçador é recomendado em inaladores
pressurizados, principalmente aos idosos debilitados com déficits cognitivos,
obstruções severas do fluxo aéreo e crianças. Cada disparo do jato deverá ser seguido de imediata
inspiração profunda. Quanto aos inaladores de pó seco, os pacientes podem ter
dificuldades para gerar o fluxo inspiratório necessário para total
aproveitamento da dose do medicamento. O inalador de névoa suave é bastante eficiente
já que após o disparo do dispositivo ocorre uma nuvem de aerossóis lentos sem
necessidade de esforço inspiratório. Exige montagem no primeiro uso e
coordenação da inspiração mais lenta e baixo fluxo após o disparo. Cabe ao médico
checar periodicamente o correto uso do dispositivo inalatório. Alguns pacientes
utilizam compressores para nebulização. Sua utilidade contempla aqueles com
grave obstrução ao fluxo aéreo como crise de asma e exacerbação de DPOC. Possuem
inúmeras desvantagens: ruído elevado, transporte, inalação demorada, manutenção
e principalmente a contaminação.
DPOC
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (enfisema e bronquite crônica) é a terceira causa de morte no mundo e está diretamente relacionada com a poluição, principalmente o uso de tabaco. Três milhões morrem por causa dela todos os anos.
CANCER DE PULMÃO
É a mais mortal das neoplasias com 1,76 milhão de mortes por ano. Também diretamente relacionada com poluição, principalmente o cigarro.
TUBERCULOSE
A tuberculose é a mais letal das doenças infecciosas, com 1,6 milhão de óbitos anualmente.