sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sugestões ao viajante

Restrições ao embarque aéreo (www.cfm.org.br)
Infarto não complicado: aguardar duas a três semanas
Infarto complicado: aguardar seis semanas
Angina instável: não deve voar
Insuficiência cardíaca grave e descompensada: não deve voar
Insuficiência cardíaca moderada: consultar necessidade de oxigênio durante vôo
Revascularização cardíaca: aguardar duas semanas
Taquicardia ventricular ou supraventricular não controlada: não deve voar
Marcapassos e desfibriladores implantáveis: não há contra indicação
AVC isquêmico pequeno: aguardar cinco dias
AVC em progressão: aguardar sete dias
AVC hemorrágico operado: aguardar 14 dias
Infecções ativas: não voar
Infecções pulmonares contagiosas: não voar
Asma grave, instável, de hospitalização recente: não voar

INFORMAÇÕES ÚTEIS:
ANAC : www.anac.gov.br/faleanac ou 0800 727 1234. Resolução 141/2010
Infraero: www.infraero.gov.br ou 0800 727 1234
ANVISA (vacinas): www.anvisa.gov.br/viajante ou 0800 642 9782
Polícia Federal: www.dpf.gov.br ou 0800 978 2336
Receita Federal: www.receita.fazenda.gov.br ou 146 ou 0800 702 1111
Pesquisa de viagens: http://travelsitecritic.com/

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Tuberculose

O número estimado de tuberculosos no Brasil é da ordem de 100 mil casos. As principais causas dessa alarmante cifra é o preconceito pela falta de informação e a baixa adesão ao tratamento, tanto pelo abandono precoce como pela irregularidade em tomar a medicação. A tuberculose tem cura e o tratamento é gratuito e tem duração de seis meses. Se o paciente não tiver a cura no primeiro tratamento a bactéria poderá ficar resistente à medicação e o tempo do uso dos medicamentos poderá ser prolongado por dois anos ou mais, podendo inclusive levar à morte. A tuberculose só se espalha se as condições de vida são precárias. O bacilo da tuberculose é uma bactéria transmitida pelo ar, tosse, saliva ou espirros de quem está doente. Os principais sintomas são: tosse, perda de peso, cansaço, febre no final do dia e sudorese noturna

Tabagismo

O consumo do tabaco compromete não somente a sua saúde, mas também daqueles que o cercam. O fumo causa grave agressão ao organismo e é responsável por vários tipos de câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias. A bronquite crônica, o enfisema pulmonar, (associação conhecida por DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), e o câncer de pulmão são os principais representantes da conseqüência do tabagismo no aparelho respiratório. O cigarro possui cerca de 60 substâncias cancerígenas e seu uso está associado a 20 mil mortes por ano, somente no Brasil. No mundo, 10 mil mortes por dia são causadas pelo fumo. Todo fumante tem a sua expectativa de vida reduzida em 25%, se comparada aquela de um não fumante. Em 2004, segundo a OMS, 603 mil pessoas morreram causadas pelo fumo passivo (inalação da fumaça dos outros).

domingo, 14 de novembro de 2010

Ajude o médico a ajudar você

AJUDE O MÉDICO A AJUDAR VOCÊ
Autor: Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.
Publicado na Folha de Londrina, Ed. nº 17.746.

Uma consulta médica é sempre cheia de variáveis. A falta de comunicação entre médico e paciente pode gerar um erro no diagnóstico ou no tratamento e as consequências podem ser desastrosas. Portanto, é muito importante que o médico e paciente estejam sempre bem preparados para a consulta.
Do lado do paciente, é necessário pensar em tudo o que envolve a sua queixa. Seja qual for o motivo, reúna o que estiver relacionado a ela e a você. Leve consigo os nomes e dosagens de todos os medicamentos que toma e tomou nos últimos tempos, inclusive vitaminas ou aqueles tidos como naturais. Os últimos exames realizados e informações sobre doenças como hipertensão ou diabetes em pessoas próximas da família, ou doenças hereditárias, mesmo em parentes um pouco mais distantes, também são relevantes.
No caso de uma queixa de um sintoma específico, tente preparar um relatório de quando surgiu, como foi, como tem evoluído, e também como você tem dormido e se alimentado. Lembre-se dos últimos passeios, viagens, produtos de higiene e limpeza utilizados em casa, tudo isso pode ser questionado conforme o andamento da consulta. Se já tiver feito um a consulta anterior sobre o mesmo motivo, seja franco e apresente os exames e o parecer profissional. Por fim, não minta ou omita jamais sobre o consumo de cigarro, álcool, drogas e hábitos de vida. O médico não está ali para julgá-lo, e sim para ajudá-lo. Qualquer uma destas informações pode mudar completamente a indicação de tratamento ou os exames para complementar o diagnóstico.
No final da consulta, só saia do consultório se estiver totalmente esclarecido de tudo o que foi dito, sem nenhuma dúvida quanto aos exames e medicamentos. Não tenha receio de perguntar para que servem, quando e como devem ser tomados,e qual o prazo para a realização dos exames. Você também deve saber quais os possíveis efeitos colaterais dos medicamentos. Compreender o receituário também é necessário. Se a letra não estiver legível, pergunte o que está escrito e copie ao lado, para não haver dúvida ao chegar à farmácia. Também informe-se de antemão se há genérico disponível e qual o nome comercial para adquiri-lo.

domingo, 7 de novembro de 2010

DOENÇA DE PARKINSON

DOENÇA DE PARKINSON
Doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa comum na terceira idade, que segundo a ONU afeta quatro milhões de pessoas no mundo. A doença foi descrita pela primeira vez por James Parkinson em 1817.
Apesar de não ter cura, a doença de Parkinson quando diagnosticada no estágio inicial, poderá ter os seus sintomas minimizados com medicamentos, quase sem nenhum prejuízo para a expectativa de vida dos afetados.
Os sintomas, inicialmente pouco específicos, dificultam o diagnóstico na fase inicial da doença. Na evolução, progressiva e generalizada, observa-se empobrecimento dos movimentos, cansaço, depressão, crises repentinas de suor, dificuldade progressiva de manusear objetos que exigem habilidade motora fina, dificuldade na escrita, escovar dentes, pentear cabelos, amarrar sapatos, abotoar vestimentas. Alguns doentes apresentam ainda problemas psíquicos, lentidão nos processos mentais, fala arrastada e baixa, distúrbios de ansiedade, dificuldade para dormir, urinar e locomover-se devido à rigidez dos membros e debilidades no equilíbrio e coordenação motora. A demência poderá cursar junto com a doença de Parkinson, causando considerável comprometimento na qualidade de vida dos afetados.
As causas da doença de Parkinson ainda não estão bem esclarecidas, porém sabe-se que os sintomas decorrem da atrofia e morte dos neurônios produtores de dopamina, importante substância neurotransmissora do cérebro e responsável pela regulação de todos os nossos movimentos. A conseqüência da falta de dopamina causa rigidez, dificuldade para caminhar, tremores em extremidades. As pesquisas atuais apontam duas hipóteses para explicar a doença: a primeira tendo como base uma interação complexa entre genes e ambiente, onde pesticidas e metais pesados estariam presentes; a outra, totalmente controlada pela genética. Nesse último caso, além do distúrbio manifestar-se precocemente, o risco é dobrado se há algum parente próximo afetado pela doença.
O tratamento da doença de Parkinson é individualizado, pois depende de vários fatores (idade do paciente, estágio da doença, grau de incapacidade funcional, cognição e efeitos adversos associados às drogas). Porém, independente de qualquer fator, o inicio precoce da medicação proporciona melhor qualidade de vida.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O Alzheimer, pelo paciente

No GOOGLE, vejam várias referências sobre ARTHUR RIVIN...As dicas dele, logo abaixo, são bem interessantes...nunca se sabe!


O Alzheimer, pelo paciente

Arthur Rivin - O Estado de S.Paulo de 03/02/2010
Sou médico aposentado e professor de medicina. E tenho Alzheimer. Antes do meu diagnóstico, estava familiarizado com a doença, tratando pacientes com Alzheimer durante anos. Mas demorei para suspeitar da minha própria aflição.
Hoje, sabendo que tenho a doença, consegui determinar quando ela começou, há 10 anos, quando estava com 76. Eu presidia um programa mensal de palestras sobre ética médica e conhecia a maior parte dos oradores. Mas, de repente, precisei recorrer ao material que já estava preparado para fazer as apresentações. Comecei então a esquecer nomes, mas nunca as fisionomias. Esses lapsos são comuns em pessoas idosas, de modo que não me preocupei.
Nos anos seguintes, submeti-me a uma cirurgia das coronárias e mais tarde tive dois pequenos derrames cerebrais. Meu neurologista atribuiu os meus problemas a esses derrames, mas minha mente continuou a deteriorar. O golpe final foi há um ano, quando estava recebendo uma menção honrosa no hospital onde trabalhava. Levantei-me para agradecer e não consegui dizer uma palavra sequer.
Minha mulher insistiu para eu consultar um médico. Meu clínico-geral realizou uma série de testes de memória em seu consultório e pediu depois uma tomografia PET,que diagnostica a doença com 95% de precisão. Comecei a ser medicado com Aricept,que tem muitos efeitos colaterais. Eu me ressenti de dois deles: diarreia e perda de apetite. Meu médico insistiu para eu continuar. Os efeitos colaterais desapareceram e comecei a tomar mais um medicamento, Namenda.Esses remédios, em muitos pacientes, não surtem nenhum efeito. Fui um dos raros felizardos.
Em dois meses, senti-me muito melhor e hoje quase voltei ao normal. Demoramos muito tempo para compreender essa doença desde que Alois Alzheimer, médico alemão, estabeleceu os primeiros elos, no início do século 20, entre a demência e a presença de placas e emaranhados de material desconhecido.
Hoje sabemos que esse material é o acúmulo de uma proteína chamada beta-amiloide. A hipótese principal para o mecanismo da doença de Alzheimer é que essa proteína se acumula nas células do cérebro, provocando uma degeneração dos neurônios. Hoje, há alguns produtos farmacêuticos para limpar essa proteína das células.
No entanto, as placas de amiloide podem ser detectadas apenas numa autópsia, de modo que são associadas apenas com pessoas que desenvolveram plenamente a doença. Não sabemos se esses são os primeiros indicadores biológicos da doença.
Mas há muitas coisas que aprendemos. A partir da minha melhora, passei a fazer uma lista de insights que gostaria de compartilhar com outras pessoas que enfrentam problemas de memória: tenha sempre consigo um caderninho de notas e escreva o que deseja lembrar mais tarde.
Quando não conseguir lembrar de um nome, peça para que a pessoa o repita e então escreva. Leia livros. Faça caminhadas. Dedique-se ao desenho e à pintura.
Pratique jardinagem. Faça quebra-cabeças e jogos. Experimente coisas novas. Organize o seu dia. Adote uma dieta saudável, que inclua peixe duas vezes por semana, frutas e legumes e vegetais, ácidos graxos ômega 3.
Não se afaste dos amigos e da sua família. É um conselho que aprendi a duras penas. Temendo que as pessoas se apiedassem de mim, procurei manter a minha doença em segredo e isso significou me afastar das pessoas que eu amava. Mas agora me sinto gratificado ao ver como as pessoas são tolerantes e como desejam ajudar.
A doença afeta 1 a cada 8 pessoas com mais de 65 anos e quase a metade dos que têm mais de 85. A previsão é de que o número de pessoas com Alzheimer nos EUA dobre até 2030.
Sei que, como qualquer outro ser humano, um dia vou morrer. Assim, certifiquei- me dos documentos que necessitava examinar e assinar enquanto ainda estou capaz e desperto, coisas como deixar recomendações por escrito ou uma ordem para desligar os aparelhos quando não houver chance de recuperação. Procurei assegurar que aqueles que amo saibam dos meus desejos. Quando não souber mais quem sou, não reconhecer mais as pessoas ou estiver incapacitado, sem nenhuma chance de melhora, quero apenas consolo e cuidados paliativos.

ARTHUR RIVIN FOI CLÍNICO-GERAL E É PROFESSOR EMÉRITO DA UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

DOENÇAS QUE CAUSAM MORTALIDADE NO BRASIL

Doenças cardiovasculares............27%
Neoplasias (câncer).................11%
Sistema Respiratório...............9,7%
Doenças parasitárias...............5,8%

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Prova Ventilatória ou Teste de Função Pulmonar - Principais indicações:

1. Detecção de anormalidades pulmonares antes do aparecimento de sintomas, sinais ou mesmo alterações radiológicas.
2. Avaliação do grau de comprometimento causado por determinadas doenças.
3. Acompanhamento do paciente, podendo-se estabelecer de maneira objetiva a eficácia terapêutica introduzida, assim como prever a evolução da doença.
4. Avaliação pré operatória estabelecendo-se o risco de complicações pulmonares no pós operatório.
5. Estudo do efeito do fumo e da poluição urbana e industrial sobre os pulmões de indivíduos expostos.

TESTANDO O COVID-19     Reflexões de duas mulheres no passado, mas que espelham a situação atual da pandemia: “QUANDO NADA É CERTO, TUDO É...